Começou tudo depois de uma coisa horrível...
Acho que Deus colocou você no meu caminho porque sabia que iria me confortar.
Tirou-me um amor de minha vida e me deu o amor da minha vida.
Tinha hora que só quem me fazia esquecer do mundo, e problemas era você.
Fazia-me rir em momentos que eu queria chorar, limpou minhas feridas com hemorragia, cuidou, cuidou.
Sem saber, mas cuidou.
Depois de um tempo não pude mais me enganar, e fugir dos fatos. Eu te amava e não dava mais para esconder isso. Minhas amigas já sabiam, mesmo sem eu ter contado, só em olhar para o brilho dos meus olhos ao pensar em falar o seu nome.
Depois que assumi em mim esse sentimento, inédito até então, quis ver você feliz, você saltitar em seu mundo perfeito.
Mas um dia te machucaram tanto, que quando soube não pude deixar de te ligar e tentar te confortar, um pouquinho que fosse com minha voz feia e falha.
Por fora se mostrava forte, mas sei que sangrava por dentro.
Depois de um tempo, sem ter mais controle de minhas palavras, você se dá conta dos meus sentimentos, e meu coração para.
Primeira vez que acontece isso, e me senti tão bem com aquela situação.
Peço ajuda ao nosso cupido. Para não estragar tudo, mas também, não te magoar, que é o que eu sempre acabou fazendo.
Você me faz três perguntas.
Meu coração para na terceira... E senti que iria estragar tudo, mas você me convence.
E o tempo, só o tempo nos separava... Eu só sabia de uma coisa, o que sentia não podia acontecer, mas quando dei por mim já estava dependente daquilo, era como se fosse o meu oxigênio, essencial para a minha sobrevivência.
Era uma espécie de magia o nosso amor, nunca tínhamos nos encontrado e nos amávamos? Sim, um pouco, mas sim!
Um dia, em que eu não fazia ideia que iria acontecer...
Em um dia normal, manhã normal, volta pra casa normal. Chego em casa, um pouco tarde até, para uma quinta feira. Mas eu nunca poderia imaginar que não ter aula de química a tarde ia ser tão bom, e prazeroso.
Ligo a TV, ligo o ventilador e penso, como eu sempre faço, em dias normais.
Minutos depois sinto o que normalmente sinto, a fome do almoço. Esquentando-o e botando-o no prato, nem imaginava o que estava para acontecer. Sentei no sofá, comi a gororoba que chamei civilizadamente de almoço. Coloco para lavar, e antes de por o detergente na bucha, escuto um toque, era o telefone. Normalmente por aquele horário, só ligaria uma pessoa, minha mãe. Mas como eu disse que o dia começou normal, mas não foi...
Atendo... Nosso cupido, e me falando que iria me ver, mas que na verdade seria o nosso primeiro encontro.
Não acreditei, na verdade surtei... Eu normal, no meu dia normal, encontrar uma pessoa que não seria normal no meu normal para mim. Saio de casa, olha para a rua e não vejo nada, só a luz do sol, uma luz que sempre está lá antes do perfeito crepúsculo. Foco a visão, e lá está você. O cara que me fez bater meu coração mais forte, antes mesmo de daquele momento. Eu não sabia o que fazer, o que falar, e até hoje não sei o que senti.
Nos abraçamos, em baixo daquela luz, forte e ao mesmo tempo calma, que estava iluminando o nosso primeiro cenário do nosso filme eterno. Te olhei pela primeira vez, teu olho me hipnotizou, me fez esquecer de tudo, do mundo, da luz e da respiração. Voltando em mim, eu estava presa à um sentimento fraco, a vergonha, e te convenço a ir na casa do cupido.
Fomos lá, juntos, de mãos entrelaçadas. Andando pela luz guia do sol da primeira tarde perfeita, de muitas. Conversamos um pouco, fomos levar em segurança a pessoa amiga em comum dos dois, à parte do destino que ela teria que tomar naquela tarde. Vamos para minha casa, apresento-lhe ao lugar onde fico em refugio à pouco mais de 16 anos.
Fomos para o terraço, um lugar calmo.
Ficamos em um lugar que a vista era de flores banhadas de luz, canto de pássaros, e carinho do vento em suas folhas, que deixava à tarde ainda mais agradável. Em um momento especial, um instante em que tudo fez com que a cena ficasse digna de Oscar. As nossas respirações uniformes agora desaparecera, um segundo nossos olhares se encontram, e se perdem na escuridão dos olhos fechados, nossos lábios se encontram. Tudo em mim eu não podia mais controlar. O coração já não respondia, os músculos já não obedeciam, mas só respondiam a você. Depois de horas sendo controlada por você, não podemos evitar, o tempo se controla sozinho.
Nos separamos, e o medo ficou no ar, será que eu ia te ver outra vez?
Sentir aquilo?
E a melhor resposta, a melhor de todas, veio... Sim!
E vários momentos como aquele se repetiu...no computador, em frente a TV, e os melhores no velho sofá, com um pequeno ventilador.
Várias tardes rimos juntos, choramos juntos, nos amamos juntos, comemos separados e dançamos juntos. Várias noites conversamos, vimos coisas, nos consolamos, ou tentamos. Mas uma manhã você estava aqui, do meu lado, como um anjo que acalmava as pessoas felizes que se entristeciam com qualquer besteira. Só digo uma coisa, eu estava triste por aquilo também. Mas o mais triste, e o que me fazia chorar mais, era o medo de perder todo esse encanto, de te perder, mas mesmo sem saber você jogou fora esse medo, só com cinco palavrinhas, que estava referindo-se a mim. Voltei a sonhar, a ver que a ferida que estava em mim, tinha sido imaginação, da minha, e só minha cabeça.
Tempos se passaram, provas, provas, provas, saudade, provas, e quando não aguentei mais, fiz a primeira loucura de minha vida, deixo tudo pro ar e vou te ver.
Não passo muito tempo, até menos tempo do que eu pensava, mas o pouquinho foi muito, depois do pequeno, tempo que parecia a eternidade, em que já não nos víamos.
Voltamos a nos ver, agora com mais amigos, e um passatempo. Depois senti a necessidade de fazer aquilo com mais frequência.
Fomos com o nosso cupido, almoçamos juntos pela primeira vez, e fizemos compras pela primeira vez. Perto do instante de minha partida, fico com você, dizendo coisas que não são verdade, mas que agrada aos ouvidos, porque sai da boca da pessoa, que faz tudo isso insignificante que chamo de vida, ter sentido.
Chega o dragão que me levará longe do meu amado, dragão em que não poderia ignorar, pois o tempo não me acobertava. O dragão vai parando e dou um beijo de despedida. Volto para o meu refúgio, onde estou escrevendo isso.
Muita coisa já aconteceu, muitas lágrimas desde estão já derramei, mas a única coisa até o próximo encontro que me faz secar essas lágrimas, é saber que olhar-te-ei e hipnotizar-me-ei novamente em seus olhos que me dizem o que meu coração sempre vibra em escutar...
Pra Sempre!
"Isso é o resumo do resumo do resumo de nossa história até hoje, mas está bom... porque quem sabe "mexer" com as palavras aqui é você.
Te amo pra sempre!