Às vezes penso em futilidades
Quando a coisa mais certa a se fazer
Era parar de pensar.
Eu tento, mas eles insistem em fluir na minha cabeça.
O grande réu é o medo de perder
Ainda mais depois de apostar todas as fichas,
Mas não como um louco, um viciado,
Que por doentia o faz para alimentar o seu vício;
Puro egoísmo do tal.
Apostei porque não acredito perder,
Crendo que iremos viver juntos para sempre.
Por enquanto é só medo,
Que é posto em nosso caminho intencionalmente,
Afim de que possamos vencê-lo,
Mas estou longe de derrubá-lo.
A cada dia que passa, sinto-me menor,
Afundando aos poucos num terreno movediço,
À espera de alguém para me dar a mão.
Por várias vezes ela me tirou de lá,
Porém, esforçam-se para me empurrar
E assim, voltei a afundar.
Posso saber pensar, mas meu coração é fraco,
E assim, vejo-me sangrar todos os dias num pesadelo
Um pesadelo que se chama realidade
Onde habita meus maiores medos,
Entre eles, o medo de te perder.
Marcelo Santos