quarta-feira, 16 de novembro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vou-me embora para o passado...



Vou-me embora pro passado
Lá sou amigo do rei
Lá tem coisas "daqui, ó!"


Roy Rogers, Buc Jones
Rock Lane, Dóris Day
Vou-me embora pro passado.

Vou-me embora pro passado
Porque lá, é outro astral
Lá tem carros Vemaguet
Jeep Willes, Maverick
Tem Gordine, tem Buick
Tem Candango e tem Rural.

Lá dançarei Twist
Hully-Gully, Iê-iê-iê
Lá é uma brasa mora!
Só você vendo pra crê


Assistirei Rim Tim Tim
Ou mesmo Jinne é um Gênio
Vestirei calças de Nycron
Faroeste ou Durabem
Tecidos sanforizados
Tergal, Percal e Banlon
Verei lances de anágua
Combinação, califon
Escutarei Al Di Lá
Dominiqui Niqui Niqui
Me fartarei de Grapette
Na farra dos piqueniques
Vou-me embora pro passado.

No passado tem Jerônimo
Aquele Herói do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação.

Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá Com a Pulga na Cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado.

Vou-me embora pro passado
Que o passado é bom demais!
Lá tem meninas "quebrando"
Ao cruzar com um rapaz
Elas cheiram a Pó de Arroz
Da Cachemere Bouquet
Coty ou Royal Briar
Colocam Rouge e Laquê
English Lavanda Atkinsons
Ou Helena Rubinstein
Saem de saia plissada
Ou de vestido Tubinho
Com jeitinho encabulado
Flertando bem de fininho.

E lá no cinema Rex
Se vê broto a namorar
De mão dada com o guri
Com vestido de organdi
Com gola de tafetá.

Os homens lá do passado
Só andam tudo tinindo
De linho Diagonal
Camisas Lunfor, a tal
Sapato Clark de cromo
Ou Passo-Doble esportivo
Ou Fox do bico fino
De camisas Volta ao Mundo
Caneta Shafers no bolso
Ou Parker 51
Só cheirando a Áqua Velva
A sabonete Gessy
Ou Lifebouy, Eucalol
E junto com o espelhinho
Pente Pantera ou Flamengo
E uma trunfinha no quengo
Cintilante como o sol.

Vou-me embora pro passado
Lá tem tudo que há de bom!
Os mais velhos inda usam
Sapatos branco e marrom
E chapéu de aba larga
Ramenzone ou Cury Luxo
Ouvindo Besame Mucho
Solfejando a meio tom.

No passado é outra história!
Outra civilização...
Tem Alvarenga e Ranchinho
Tem Jararaca e Ratinho
Aprontando a gozação
Tem assustado à Vermuth
Ao som de Valdir Calmon
Tem Long-Play da Mocambo
Mas Rosenblit é o bom
Tem Albertinho Limonta
Tem também Mamãe Dolores
Marcelino Pão e Vinho
Tem Bat Masterson, tem Lesse
Túnel do Tempo, tem Zorro
Não se vê tantos horrores.

Lá no passado tem corso
Lança perfume Rodouro
Geladeira Kelvinator
Tem rádio com olho mágico
ABC a voz de ouro
Se ouve Carlos Galhardo
Em Audições Musicais
Piano ao cair da tarde
Cancioneiro de Sucesso
Tem também Repórter Esso
Com notícias atuais.

Tem petisqueiro e bufê
Junto à mesa de jantar
Tem bisqüit e bibelô
Tem louça de toda cor
Bule de ágata, alguidar
Se brinca de cabra cega
De drama, de garrafão
Camoniboi, balinheira
De rolimã na ladeira
De rasteira e de pinhão.

Lá, também tem radiola
De madeira e baquelita
Lá se faz caligrafia
Pra modelar a escrita
Se estuda a tabuada
De Teobaldo Miranda
Ou na Cartilha do Povo
Lendo Vovô Viu o Ovo
E a palmatória é quem manda.

Tem na revista O Cruzeiro
A beleza feminina
Tem misse botando banca
Com seu maiô de elanca
O famoso Catalina
Tem cigarros Yolanda
Continental e Astória
Tem o Conga Sete Vidas
Tem brilhantina Glostora
Escovas Tek, Frisante
Relógio Eterna Matic
Com 24 rubis
Pontual a toda hora.

Se ouve página sonora
Na voz de Ângela Maria
"— Será que sou feia?
— Não é não senhor!
— Então eu sou linda?
— Você é um amor!..."

Quando não querem a paquera
Mulheres falam: "Passando,
Que é pra não enganchar!"
"Achou ruim dê um jeitim!"
"Pise na flor e amasse!"
E AI e POFE! e quizila
Mas o homem não cochila
Passa o pano com o olhar
Se ela toma Postafen
Que é pra bunda aumentar
Ele empina o polegar
Faz sinal de "tudo X"
E sai dizendo "Ô Maré!
Todo boy, mancando o pé
Insistindo em conquistar.

No passado tem remédio
Pra quando se precisar
Lá tem Doutor de família
Que tem prazer de curar
Lá tem Água Rubinat
Mel Poejo e Asmapan
Bromil e Capivarol
Arnica, Phimatosan
Regulador Xavier
Tem Saúde da Mulher
Tem Aguardente Alemã
Tem também Capiloton
Pentid e Terebentina
Xarope de Limão Brabo
Pílulas de Vida do Dr. Ross
Tem também aqui pra nós
Uma tal Robusterina
A saúde feminina.

Vou-me embora pro passado
Pra não viver sufocado
Pra não morrer poluído
Pra não morar enjaulado
Lá não se vê violência
Nem droga nem tanto mau
Não se vê tanto barulho
Nem asfalto nem entulho
No passado é outro astral
Se eu tiver qualquer saudade
Escreverei pro presente
E quando eu estiver cansado
Da jornada, do batente
Terei uma cama Patente
Daquelas do selo azul
Num quarto calmo e seguro
Onde ali descansarei
Lá sou amigo do rei
Lá, tem muito mais futuro
Vou-me embora pro passado



Jessier Quirino

"No rastro da Bandeira de Manuel"

sábado, 15 de outubro de 2011

Minha vida, minha música


No alto.
Nessa ponta de bailarina olho tudo e não reconheço mais...
Acho que só agora eu vi o quando tinha deixado minha vida passar nesse balé da minha vida.
Aos saltos macios eu vi as pessoas dançando na minha frente, sendo felizes e eu aqui, apensa olhando, não dançando...apensa olhando.
E agora me pergunto se essa música que escolheram para mim foi a certa para eu dançar, se eu deveria ter escolhido a minha própria música, ou apenas era para eu ter dançando ela sem nem mesmo me questionar...
A música está acabando e eu ainda aqui no centro do meu palco. Nem mesmo me movi, apensas escutei e olhei para os lados...
O vento passou, o momento da música chegou e me lembrou que essa era a hora de dançar.

Parei a música.

Coloquei a minha música.
Sentei e continuo a observar.

domingo, 9 de outubro de 2011

Quase amor...



Ela disse: "Eu não sei
O que sinto por você
Não quero mais saber
O que você tem a dizer
Agora me deixe em paz
Não tente me entender
Pois pra mim tanto faz
O que ainda pode acontecer"

Mil coisas acontecem ao seu redor
Você não as percebe
Pois não pode distingui-las
Talvez não faça diferença
E o que resta pra você
São somente as coisas
Que você pode suportar
O que podemos suportar?

Não vá pensar que eu chorei por você
Não vá pensar que eu sofri por você
Não vá pensar que um dia amei você

Não vá acreditar, não
Em tudo o que lhe falam por aí
Pois a mentira, um dia ela
Pode lhe ferir

Queria consertar, tudo o que aconteceu
Mas na verdade sei que este erro não foi meu
Eu destilei meu sangue em algo forte
Pra que eu pudesse me sentir melhor
Mas do contrário eu me senti pior
E usei deste artifício pra ocultar a dor
Por ter perdido um quase amor

Não não vá pensar que eu chorei por você
Não vá pensar que eu sofri por você
Não vá pensar que um dia amei você

Eu destilei meu sangue em algo forte
Pra que eu pudesse me sentir melhor
Mas do contrário eu me senti pior
E usei desse artifício pra ocultar a dor
Por ter perdido um quase amor
Por ter perdido um quase amor

Eu que não amo você



Eu que não fumo queria um cigarro,
Eu que não amo você!!
Envelheci dez anos ou mais nesse último mês... 
 
Senti saudade, vontade de voltar,
Fazer a coisa certa: aqui é o meu lugar
Mas, sabe como é difícil encontrar...
A palavra certa, a hora certa de voltar
A porta aberta, a hora certa de chegar...

Eu que não fumo queria um cigarro,
Eu que não amo você!!
Envelheci dez anos ou mais nesse último mês...
Eu que não bebo, pedi um conhaque pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta que você deixou aberta ao sair...

O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar procurei sem encontrar...
A palavra certa, a hora certa de voltar
A porta aberta, a hora certa de chegar...

Eu que não fumo queria um cigarro,
Eu que não amo você!!
Envelheci dez anos ou mais nesse último mês...
Eu que não bebo, pedi um conhaque pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta que você deixou aberta ao sair...

EU QUE NÃO FUMO, PEDI UM CIGARRO,
EU QUE NÃO AMO VOCÊ!!
ENVELHECI DEZ ANOS OU MAIS NESSE ULTIMO MÊS...
EU QUE NÃO BEBO QUERIA UM CONHAQUE, PRA ENFRENTAR O INVERNO
QUE ENTRA PELA PORTA QUE VOCÊ DEIXOU ABERTA AO SAIR... 

sábado, 1 de outubro de 2011


O som do vento lá fora só faz perceber que tudo passa...nada é pra sempre, só as lembranças, e essa sim, deixa a gente assim...sem nada, só com lágrimas caindo sem permissão...

sábado, 27 de agosto de 2011

Não entender


As vezes é difícil lidar com algumas coisas que acontece em vida.
Pessoas vem e vão, sentimentos surge e vai embora, ficam e muitas vezes saí à força...
O não entender acontece...
Pessoas frias, sonhos frios, dor e vazio...
Você se foi sem ao menos dizer adeus, apenas foi...
A saudade é indescritível, o sentimento revela ser maior do que qualquer coisa, secando-me por dentro e deixando esse vazio que só irá sumir com minha morte...
Morte, por que estas tão distante e tão próxima de mim? Por que vives nesse meu dia-a-dia?
Sinto saudades dos que já se foram diretamente e indiretamente de minha vida. E mais ainda de você.
Não entendo o porquê de tudo isso que aconteceu, acontece e acontecerá...mas o que tento é entender e conviver...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Saudade_Pablo Neruda


Saudade é a solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudades:
aquela que nunca amou.

E é esse o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Conto dos três irmãos

Era uma vez três irmãos que estavam viajando por uma estrada tortuosa ao anoitecer…
Depois de algum tempo, os irmãos chegaram a um rio fundo demais para vadear e perigoso demais para atravessar a nado. Os irmãos, porém, eram versados em magia, então simplesmente agitaram suas varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras. Já estavam na metade da travessia quando viram o caminho bloqueado por um vulto encapuzado. Era a morte. Estava zangada por terem lhe roubado três vítimas, porque o normal era os viajantes se afogarem no rio. Mas a morte foi astuta. Fingiu cumprimentar os três irmãos por sua magia, e disse que cada um ganharia um prêmio por ter sido inteligente o bastante para lhe escapar. Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu a varinha mais poderosa que existisse: uma varinha que sempre vencesse os duelos para seu dono, uma varinha digna de um bruxo que derrota a Morte! Ela atravessou a ponte e se dirigiu a um vetusto sabugueiro na margem do rio, fabricou uma varinha de um galho da arvore e entregou ao irmão mais velho. Então, o segundo irmão que era um homem arrogante, resolveu humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de ressuscitar os mortos. Então a morte apanhou uma pedra na margem do rio e a entregou ao segundo irmão, dizendo que o a pedra tinha poder da ressurreição. Então a morte perguntou ao terceiro irmão o que ele queria. O irmão caçula era o mais humilde e também o mais sábio dos irmãos, e não confiou na Morte. Pediu, então, algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser seguido por ela. E a morte, de má vontade, lhe entregou a própria capa da invisibilidade. Então  a Morte se afastou para um lado e deixou os irmãos continuarem a viagem. No devido tempo, os irmãos se separaram, cada um tomou um destino diferente. O primeiro irmão viajou uma semana ou mais e, ao chegar a uma aldeia distante, procurou um colega bruxo com quem tivera uma briga. Armado com a varinha de sabugueiro, a Varinha das Varinhas, ele não poderia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Deixando o inimigo morto no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem, onde se gabou em vozes altas, da poderosa varinha. Na mesma noite, outro bruxo aproximou-se sorrateiramente do irmão mais velho enquanto dormia em sua cama, embriagado pelo vinho. O ladrão levou a varinha e, para se garantir, cortou a garganta do irmão mais velho. Assim a morte levou o primeiro irmão. Entrementes, o segundo irmão viajou para a própria casa, onde vivia sozinho. Ali tomou a pedra que tinha o poder de ressuscitar os mortos e girou-a três vezes na mão. Para sua surpresa e alegria, a figura de uma moça que tivera esperança de desposar antes de sua morte precoce surgiu diante dele, contudo, ela estava triste e fria, embora tivesse retornado ao mundo dos mortais, seu lugar não era ali, e ela sofria. Diante disso, o segundo se matou para poder se unir a ela. Assim a morte levou o segundo irmão. Embora a morte procurasse o terceiro irmão por muitos anos, jamais conseguiu encontra-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada foi que o irmão caçula despiu a capa e deu-a de presente ao filho. Acolheu, então a Morte como uma velha amiga, e acompanhou-a de bom grado, e , iguais, partiram desta vida...

Suficiente para você

Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo.
Quando anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:
- Eu te amo. Desejo o suficiente para você. 
A filha respondeu:
- Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.
Elas se beijaram e a filha partiu.
A mãe passou por mim e se encostou na parede.
Pude ver que ela queria, e precisava, chorar.
Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:
- Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre? 
- Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?
- Estou velha e ela vive tão longe daqui.  Tenho desafios à minha frente a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral. 
- Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer 'Desejo o suficiente para você'. Posso saber o que isso significa?
Ela começou a sorrir.
- É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo. 
Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda.
- Quando dissemos 'Desejo o suficiente para você', estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas. 
Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:

- Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante. 
- Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol..
- Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre. 
- Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores. 
- Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.
- Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que possui. 
- Desejo a você 'alôs' em número suficiente para que chegue ao adeus final. 

Ela começou então a soluçar e se afastou.

Dizem que leva um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la.

Autor desconhecido...

sábado, 25 de junho de 2011

SKY



Olhando para estrelas, sentindo a água quente do mar molharem os meus pés, junto com o vendo frio que mexe as mechas do meu cabelo contra o caminho que eu tomava...
Paro, sento na areia e olho para o céu estrelados e penso, lembro de tudo o que aconteceu na minha vida...
Tudo me trazia de alguma forma para ali, nesse exato momento tudo se encaixava...
As coisas boas que vivi, as ruins, todas escolhas que foram tomadas até o presente momento tudo acabou aqui, nessa areia, nesse céu, nesse vento...aqui.
Arrependo-me de não ter feito algumas coisas, e outras não, mas me conformo por estar aqui...
Se nada daquelas coisas tivessem acontecidos ou não vividas, o rumo poderia ser outro, ou poderia nem ter acontecido, mas estou e estive aqui...
O céu continua aqui, as lágrimas surgem aos poucos e o êxtase invade cada milímetro do meu corpo me deixando cada segundo mais e mais feliz...
Pararia o tempo, com aquelas estrelas, a ausência da lua, e seu olhar no meu pensamento...
Pausaria minha vida aqui...mesmo só mas não sozinha...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cartas jogadas



Sentada no chão frio do meu quarto, jogo cartas para um chapéu que noto estar mais longe de mim do que o esperado.
Algumas damas se foram, assim como as reais em minha vida...
Alguns números repetidos, fotos repetidas, conversas repetidas...
Mesmas lágrimas, mesma dor, mesma saudade...
O escuro, agora, vai aumentando ao redor, o queimor das lágrimas descendo sobre minha face se repete em cada segundo, transformando em momentos eternos, a tristeza eterna...
Deito na cama agora, olho para o teto branco embaçado, lembro-me do por quê disso tudo, e choro. Dói muito. Corrói, seca, rasga por dentro...
Não consigo respirar direito, e é aí que o ódio aparece...
Ele toma o lugar da tristeza tão fácil que nem explico a sensação de bem estar em sentir...
Mas logo as lágrimas voltam, a saudade surge, lembrando novamente a dor e choro...
Triste é estar aqui sozinha...jogando cartas longe do chapéu.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Summer [prefácio]


Aqui, no escuro da noite ao meu redor sinto cheiro do ar frio...o mesmo ar que senti naquela noite...o ar que lhe levou para sempre...
Lembro ainda da dor da sua partida, do beijo em minha testa, do ultimo abraço e do adeus...
Parecia cena de filme romântico, mas era a realidade que o final não é bom como o dos filmes...
Lembro quando conheci você, passou rápido perto de onde eu estava e deixou seu cheiro. Apaixonei-me pelo seu cheiro antes mesmo de olhar nos seus olhos negros noite, sem olhar sua boca vermelha como a maçã, e seus cabelos sedosos e mais macios do que o algodão.
Soube que era você, mas não recebia nem "Bom dia". Éramos de áreas diferentes...mas o destino foi maior *e mais cruel comigo*...
Na festa da sexta feira eu lhe encontrei...não um encontro no elevador como no dia-a-dia...mas uma oportunidade para nos conhecermos.
E foi o que aconteceu.
Saímos cada vez mais, até que em um dia considerado "normal", no horário do almoço, você me encontrou na sala da copiadora...aquele beijo...

Essa é a história do garoto que conhece a garota...Mas você deve saber diante mão que essa não é uma história de amor.

[continua...]

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sombras do passado


Sombras do passado estavam em volta daquele dia...daquela noite entre pesadelos e angustias...
Ela sabia o que tinha acontecido, mas tentava esquecer para não se machucar ainda mais.
Ninguém teve a certeza do que aconteceu ou acontecia naquele cenário sombrio...mas tinha esperança...
A minha nunca morreu, por isso a felicidade...
Em uma tarde como outras ela recebeu a notícia que ficaria bem, conseguiria o que custou para conseguir, e em um brilho enorme se foi...
Acordou num lugar lindo, com borboletas e gatos...assim como sonhou um dia que seria aquele lugar.
Ar puro, felicidade ao seu redor e no seu interior...aquilo tinha acabado, e ficado no passado ruim, no passado.
Não sei bem o resto, mas provavelmente a pessoa que daria a notícia foi escolhida a dedo por ela...
E escolhida perfeitamente bem...
Estou aqui, não sei como de tanta felicidade...Por que a sombra que pairava sobre ela se foi, trazendo luz e felicidade, uma tranquilidade...que ela esperava receber, e recebeu.
Minha alma se tranquilizou após essa notícia sua, e se Deus permitir nos encontraremos um dia nesse seu lugar perfeito, que hoje sei que se nomeia de céu.

Te amo, e sinto muitas saudades...porém agora mais tranquila ♥

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nós, nós mesmos e as culturas em volta...

Começa com o choro igual de todos os bebês...
E daí em cada lugar se começa de um jeito para o após daquele choro.
Em alguns lugares a educação começa cedo, e em outras nem começam a serem pensadas de imediato...
Países europeus, com seu frio tem mais costume de usar perfume... Já que o frio não deixa o banho ser popular...
Países "baixos" na maioria são baixos mesmo...baixo em educação, interesse e renda.
Culturas altas na maioria das vezes começaram do berço da história, dos Maias, Gregos e Romanos...Que aos poucos e poucos estão sendo levadas pelo tempo...A luta é para esse vento não soprar muito forte nessa maré, para não carrega-las de vez...
Papai Noel, no seu trenó, voando em uma noite só...vem do norte. América para ser mais exata. De lá, o mundo descobre como é ter um natal, feliz ou tentando ser.
Shinigami, com suas vestes pretas e obscuras levam as almas da terra para seu mundo. Mais conhecido como Anjo da morte, pelos Japoneses.
Púca, fada mitológica que se transforma muitas vezes em cavalo de pêlos escuros com olhos alaranjados. Bons conselheiros, porém melhores ainda em brincar com crianças e pessoas um pouco distraídas que não só vivem no oeste da Escócia, mas em toda Irlanda.
O boto cor-de-rosa, é uma espécie de golfinho de água doce, que nas noites de lua cheia, saem e se transformam em homens incrivelmente lindos que seduzem mulheres em festas, engravidando-as e voltando a sua forma de boto em seguida. Seus lugares de origem são em águas doces brasileiras.
Não é só no norte que ocorrem as famosas lendas brasileiras, em cada região existem várias lendas.
Pernambuco por exemplo tem a lenda do velho do saco. Um velho, sem família que saí pelas ruas a procura de crianças desacompanhadas pelos pais. Leva em seu saco desacordadas, para fazerem botões e sabões delas.
Entre vários lugares desse mundo que nos surpreende a cada momento, a vida de desenrola a partir do inicio da vida cada um.
E a partir daí é que você vê que existem vários mundos, em vários lugares espalhados em um só planeta. Vários mundos num só.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Calor e cheiro


Trovoadas faziam a cena se tornar incomum a primeira e única vista.
Fazia algum tempo em que se conheciam...
Depois de um programa padrão de namorados e um lanche na lanchonete da cidade, eles chegam em casa com um olhar diferente, pretensioso, desejoso, como não surgira ainda.
Ele deu a iniciativa e ela retribuiu à altura. Foram suaves e ao mesmo tempo intensos em suas carícias e movimentos...
E a chuva lá fora completava o cenário a cada agitação...
A cada pingo, eles sentiam sensações gratificantes, prazerosas, e únicas. Ele a explora em suas curvas, com um tato suave...arrepiando-a em cada lugar por onde passava. Ambos em aguentar muito tempo, agora sentindo o calor e o cheiro de suas peles conversarem, olham um para o outro e acontece uma coisa natural...levemente ele a faz gritar de uma sensação novíssima, um prazer indescritível...e no mesmo momento o seu grito foi abafado por um raio que caio a alguns quilômetros do local em que estão.
Olhares de carinho e malícias foram trocados pelos dois enamorados antes do trovão final, em que no silêncio do após, dormiram, sentindo ainda o calor e o cheiro dos corpos entrelaçados uns dos outros...

domingo, 27 de março de 2011

O amor...


Descobri que o amor não se trata só de juras, olhares, palavras...
Sei que ele aumenta ou diminui com o tempo, que pessoas acham que já sentiram e se prende a esse sentimento antigo fazendo mal a si própria, limitando-se ao passado ruim.
A coisa mais bonita é o amor...não deverias privar-se dele.
Porém o amor, não seria só pela pessoa que você acha certa...
E muitas vezes é o que faz muitas pessoas rejeitarem o amor, repugnar e sofrer...
Sei que o amor é mais do que sofrer, que é bem mais, muito mais!
Por que sofrer não é exatamente o que a pessoa tem que sentir, o sofrer é o oposto do amor!! E eu sei por experiência própria.
O amor é uma coisa correspondida, uma cumplicidade. Um carinho que um gosta de receber e o outro gosta de dar!
Amor é uma coisa única, que geralmente as pessoas pensam que já sentiram, mas é mais que isso...
Muito mais...
Achar um dia as três chamas acesas é fácil, difícil é achar alguém que com, ou sem você, inflamem-as novamente quando estiverem se apagando...

Aguardo sentir o verdadeiro amor, por que de falsos amores já estou esgotada...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Boa noite...

Boa noite...
Foi a primeira coisa que escutei naquele dia. Em que o telefone se desligou sem mais delongas...
Tramas após, volto a escutar novamente o "boa noite". Dessa vez para escutar um novo bom dia.
O bom dia mais brilhante do que o brilho da lua do boa noite.
Os primeiros olhares foram...desajeitados, com um toque de mel.
Em que foram de conversas entre os lugares e olhares...
O dia passou rápido...
As ondas também...
Na volta outros olhares, mais demorados e mais entrelaçados.
Despedida com o direito de uma esticada no desfazer do entrelaçar. Mas com um lindo "até logo" no ar...
Um anjo ficou no seu mundo...Novamente em seu mundo, com uma coisa a mais.
Voltando a escutar o doce "Boa noite" abafado pelo som do meu coração quando o escuta, aquela cena fica com risos e olhares envergonhados.
Final da semana, amanhã para ser mais exato...Os olhares se encontrarão novamente e como esperado, se desencontrarão na escuridão breve, do contato doce dos lábios que falam o "Boa noite" e o "Até amanhã".

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lágrimas negras


Por incontáveis noites desejei que o amanhã não chegasse
perdidos meus sonhos e meu amor, assim como a chuva que me acerta, estou chorando...

Para que eu possa viver dessa forma, sem enfeites
O que é necessário?
Sem acreditar nem em mim mesma, em que devo acreditar?
A resposta está tão perto que não posso enxergá-la

Eu, que derramo lágrimas negras
Não tenho nada e me sinto infinitamente triste
De um modo que não se pode expressar com palavras
Em todo o meu corpo começo a sentir dor
Tanto quanto uma pessoa só não pode suportar

Cansada de chorar na madrugada, meu rosto já não mais transparece quem sou
Criar sorrisos que escondem minhas fraquezas é algo que vou parar de fazer...

Viver sem se enfeitar, seria neste mundo a coisa mais
Difícil de se fazer?
Se for pra receber algo de você, é melhor que não tenha um formato
Não quero mais nada que possa se quebrar

Mesmo que eu chore derramando lágrimas negras
O amanhã chegará com seu rosto desconhecido
E serei atingida pela mesma dor
Se os dias forem continuar assim
Quero desaparecer ao longe
Mesmo sabendo o quanto isso é egoísta...

Eu, que derramo lágrimas negras
Não tenho mais nada, e estou infinitamente triste
De um modo que não se pode expressar com palavras
Em todo o meu corpo começo a sentir dor

Mesmo que eu chore derramando lágrimas negras
O amanhã chegará com seu rosto desconhecido
E serei atingida pela mesma dor
Se os dias forem continuar assim
Quero desaparecer ao longe
Mesmo sabendo o quanto isso é egoísta...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Duas horas


Olho o relógio e marcam duas horas sem você.
Olho a escuridão e nem lembro mais o tempo que estou aqui, só no relógio marcam duas horas.
Sinto um frio interno, uma dor sufocante, uma voz sem som dentro de mim gritando por você que se fora a mais de duas horas.
As duas horas que me enganaram e me fizeram chorar, agora passaram...
Lágrimas não foram com elas, estão aqui e ali, longe e perto, mas não existem mais.
Só foram duas horas, dois minutos, dois anos, dois segundos...
Acabaram e agora são três horas.
Três horas com sorrisos, besteiras e a dor de quem nunca esquecerá.
Duas horas decisivas, com aquilo entrando em minhas veias, queimando e matando.
E as três horas ela morreu. Depois das duas horas sem sono, sem lembranças e sem a sua vida.

Duas horas malditas!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dia 1.1.11


Bom, sei que faz tempo que não escrevo. Nem as besteiras de sempre, mas é que eu viajei e também não tive muito tempo de ficar em casa.
Mas também aconteceram coisas ótimas, mas eu conto depois. Estou aqui para contar o primeiro dia desse ano.
Começou Nay vindo aqui para minha casa. Ficamos um pouco na internet, comemos e depois nos arrumamos que iríamos para casa de Nanda, por que Isabella estava chegando e foi uma confusão só. Terminou que Nanda brigou com Marcelo, Nay indo pra casa de Larissa, Bella chegando tarde e Chaveirinho e eu nos desencontrando antes da virada de ano.
Quando finalmente encontro Chaveirinho, que estava como sempre com um copo de Johnie na mão, o meu celular toca, era Karol. Tínhamos marcado de nos encontrarmos do lado do colégio DOM, mas não fui. E ela veio passar ano comigo. Chaveirinho foi passar com a mãe e sua família e eu voltei com Nanda, Marcelo e Karol pra casa.
Conversando com Karol, descobri que tem uma simpatia ótima(e põe ótima nisso einh, Karol?! kkk)
Das uvas. O ano acabou, e lá vai eu e Karol (kkkkkkkkkk) fazer a bendita simpatia. Ela fez com 7 uvas e eu com 3(por isso que pegou rápido, né Karol?!)
Chaveirinho veio falar com a gente no ano novo e entramos e ficamos conversando.
Bella chegou, e um amigo de Éder.
E o amigo de Éder ficou dando em cima de Karol(taí a simpatia chegou rápido). Ele tocou músicas pra ela no violão, cantou...
E a gente perguntou se ela gostou dele...iiiiii? Ela riu...
Se riu é que é verdade...
Eu sei que ficamos lá até quase 4 da manhã. Chaveirinho estava(desculpa amor, mas tenho que contar a verdade) bêbado (kkkkkkkk XD) e foi pra casa. Karol dormiu na minha casa at[e umas 10 pq eu saí de novo...
Fui pra casa da avó de Nanda, com todo mundo de novo.
Voltei pra casa e dormi XD
Não foi grande coisa assim, mas foi muito engraçado, Karol rindo, a gente conversando e Chaveirinho...(deixa :X)
Bjus pra Luanda! ♥
#Fuiz