segunda-feira, 31 de maio de 2010

...




Olho agora para o céu...está nublado, seco, escuro, como estou agora. O pra sempre acabou, a melhor coisa acabou, minha vida...acabou.
Desculpe-me se você está lendo isso, mas é o que eu sinto.
Olhei o relógio e ele passava devagar como em um dia à pouco mais de um ano atrás, vai vagando trazendo um barulho ensurdecedor aos meus ouvidos.
Tudo está acontecendo ao meu redor e a única coisa que eu faço é chorar e não sentir mais nada além do vazio. Lágrimas saem dos meus olhos sem permição como à instantes atrás, mas eu não consigo evitar, por mais que eu tente eu não consigo. Seu cheiro ficou em mim, ainda me entorpecendo, me deixando calma, mas...
Acabou.
Espero que dê tudo certo, não quero seu mal, você vai ser mais feliz. Na verdade não daria mesmo certo. Sou nada e a única coisa que estou condenada é à ele...
Eu te amo...desculpa.

sábado, 29 de maio de 2010

Pode sim existir...[part. 5]



Abrindo os meus olhos hoje senti uma coisa tão boa em meu corpo...
Senti como se tudo na minha vida agora fizesse sentido. Tudo ao meu redor estava brilhando, tudo com um ar macio, cheiroso e doce...
Tudo que eu mais quis e sonhei estava acontecendo. Eu estava com Carlos e na minha vida está finalmente dando tudo certo.
Indo para o banho ainda sem acreditar que iria o ver, sentir seu perfume, e abraçá-lo novamente, dava-me ainda mais forças para viver.
Saindo de casa ainda com um ar risonho em minha face, pego o ônibus e chego no colégio.
Com um friozinho na barriga esperando ele chegar acabo deitando a cabeça sobre meus braços crusados na banca e fico pensando em ontem. Os toques, os olhares, os beijos...tudo mais perfeito não poderia ter acontecido. E sinto que meu coração estava conversando comigo, dizendo o que eu realmente sentia em só relembrar do que tinha contecido na noite passada. Ali conversando com eu coração sinto uma respiração em meu ouvido direito...
- Acorda!
Uma voz doce fala manço, pensando que eu realmente estava dormindo. Eu com um sorriso exagerado levantando devagar o rosto, fico olhando-o em seu mais perfeito estado, e com seu mais lindo sorriso. Adoro aquele sorriso de doçura. Ele tinha vários sorrisos, o de agora; quando ficava confuso; o da mentira, que saia um sorrizinho de lado; e o das fotos que era o sorriso fatal. Quando eu finalmente estava em uma posição normal ele veio lentamente e deu-me um beijo macio e doce de bom dia.
Olhamos-nos em um olhar de carinho, e demos um sorriso que sempre saia depois desses olhares.
- Bom dia! - Eu disse interrompendo o clima desconfortável da vergonha. - Dormiu bem?
- Dormi com os anjos e vi você em meus sonhos. - Ele falou tão naturalmente que nem percebi que minha respiração tinha sumido novamente.
Dou um sorriso frouxo de vergonha e continuamos os olhando até o toque da primeira aula dar sinal de vida.
E como sempre ele senta ao meu lado na sala. Falamos algumas besteiras, rimos, fizemos o que normalmente faziamos. 
A hora do intervalo foi diferente.
- Carlos, tenho que te mostrar um lugar. - Falei com segundas intenções.-
- Certo! Concordou dando-me total confiança.
Levo-o ao "meu cantinho". E ele estava mais bonito que nunca, com as flores mais vivas banhada pelos raios de sol mais leves, os passarinhos que eu nunca os tinha vistos lá estava cantando uma doce melodia. E quando vou chegando perto do banquinho onde iriamos nos sentar sou surpreendida por um beijo em minha mão, um olhar penetrante no meu e uma mão em minha nuca, a que sempre me paralizava em seus braços. Antes de me beijar ele foi chegando perto, com o olhar ainda nos meus, eu sentia sua respiração em meu rosto cada vez mais perto e finalmente me diz com os seus olhos ainda firmes:
- Eu te amo...
Logo após, dá-me o mais perfeito beijo, o beijo em total sincronia com os carinhos e abraços entre nós...
Tudo ao redor não importava mais, a unica coisa que importava era nós dois e o circulo que nos aproximava ainda mais...
Quando acabamos aquele beijo nos sentamos no banquinho e eu coloco minha cabeça em seu ombro. Nós dois olhamos por alguns minutos o jardim do telhado e nos abraçamos como se um não existisse sem o outro, como se nada no mundo mais houvesse, e nos beijamos como se o mundo fosse acabar depois daquilo. Foi perfeito, mas como nada dura para sempre, o sinal do fim do intervalo toca e voltamos para a sala.
O tempo passou rápido depois do intervalo, mas hoje não teria aula no turno da tarde e só nos veríamos no outro dia...
Largamos e fomos indo para casa, no meio do caminho dos dois, o local que iriamos dos despedir de vez, damos o ultimo beijo e um abraço apertado.
Vou indo para casa, chego um pouco depois do horário normal, e ligo a TV... Esquento meu almoço vendo o noticiário e depois tomo meu banho. O dia passa sem muito o que descrever, só à noite que eu realmente me senti em casa, por que eu vi a lua, conversei com ela como sempre e fui dormir para que o outro dia chegasse mais rápido...
[continua...]

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pode sim existir...[part. 4]



Tempos passaram...
E tudo acontecia como nos melhores tempos já vividos por alguém, os meus vividos com ele...
A data de hoje, com certeza nunca esquecida por mim...
Farei o possivel que seja um dos melhores dias de sua vida em seu aniversário de 18 anos que vai dar tudo certo. E como somos melhores amigos agora, marcamos de fazer um piquenique, já que iria ter aula o dia inteiro hoje e... combinamos que iriamos fugir... Pois não é todo dia que se faz aniversário. Comprei uma blusa da banda que ele gosta, acho que ele vai gostar.
Saindo de casa, depois do meu pai, levei a cesta com nossa comida, dentro o bolo, escondido entre os sanduíches, e que era a unica coisa em que não tínhamos combinado, mas aniversário sem bolo não é aniversário...
Cheguei no colégio, pedi que a moça da cantina guardasse até a hora da saída e fui para a aula. Quase 5 minutos antes de começar a primeira aula, eu já estranhando sua demora, sinto duas mãos tamparem minha visão e perguntar se eu conheço quem seria...
Como eu não reconheceria?!
A voz que mesmo depois de anos eu ainda guardava na memória...
- Carlos! O menino mais velho de hoje!!
Com risos duplos, ele senta-se ao meu lado e pede-me silêncio com o rosto mais lindo do mundo.
Eu quase sussurrando não poderia deixar de dizer:
- Parabéns!!
E sem medir minhas palavras, sai em um impulso:
- Eu te amo...
E nossos olhos se encontram, um, confuso mas compreencivo e outro vendo a merda que fez sentiu a necessidade de finalmente dizer...
- Meu melhor amigo pra sempre!
Com essa até eu broxei...mas fazer o que?!
O dia passou normal...eu e ele juntos como sempre esperando a hora da nossa "fulga de aniversário".
E finalmente saimos...pegamos o táxi, e descemos na porta. Pagamos a entrada, andamos conversando sobre o tédio da aula de geografia e finalmente encontramos o lugar perfeito. Sentamos e enquanto eu botava a toalha em cima da grama verdinha e bem cuidada do parque, ele foi pegar alguma coisa para a gente beber, já que ficaria quente se tivessemos trazido de casa. E quando ele chega tiro o bolo fazendo uma surpresinha básica. Cantando a música padrão de festa de aniverários, coloco o bolo entre nós e pego o presente. Ele sem reação nenhuma finalmente disse:
- Não acredito! Você é demais mesmo! E muito danadinha de fazer isso em surpresa...
- Ah, não foi nada. - Respondi vermelha.
Conversamos, rimos, brincamos e depois deitamos e ficamos olhando o céu escurecer aos pouquinhos. O tempo passou e quando nos damos conta da hora, arrumamos tudo rápido. Mas depois nos lembramos que não tínhamos que voltar imediatamente por "ainda estarmos na aula da tarde"... Sentamos e olhamos um para o outro. 
Sem perceber o que se passava realmente, deixo-me levar pelos olhos hipnótizantes dele, e tudo foi ficando mais detalhado. O vento passando pelos cabelos dele levando e trazendo para mim, a luz da lua iluminando toda nossa cena atual, seus movimentos mais leves trazendo-o para mais perto de mim, sinto seus dedos confusos acariciarem minha face aos poucos e chegar em minha nuca imobilizando todos os meus movimentos e possibilidade de alguma reação contrária. E em um instante de laço preso de vez entre nós, ele diz:
- Eu te amo. Meu amor para sempre...
Nesse momento não soube mais o que seria respiração, nem mundo ao redor, só sentia o meu coração parar e voltar a vida... Naquele mesmo momento, as nossas respirações foram ficando cada vez mais próximas e no final os olhos encontraram-se na escuridão do amor. O beijo mais doce que alguém poderia ganhar, com os mais doces toques em nossos rostos. O meu coração não sabia mais para onde ir, não sabia se parava de vez, ou se falava para todo mundo o que estava sentindo naquele momento. E inexperadamente ele para devagar, distanciando aos poucos, e não muito londe de meu rosto ele para e fica me olhando nos meus olhos. Aquilo era a melhor coisa que poderia acontecer. Olhar nos olhos com amor e ser correnpondida por ELE. Ficamos segundos, minutos ou horas...não sei ao certo, mas poderia uma vida inteira ter passado que não parecia. Ficamos lá por mais uma hora, trocando beijos doces e olhares profundos. O tempo nunca ajuda, mas se tudo desse mesmo certo, o tempo iria virar eterno em nossa vida juntos.
finalmente juntamos nossas coisas e pegamos o táxi de volta. Desci primeiro e ganhei um beijo de despedida. Foi duro, mas no outro dia iriamos os ver novamente...
- Boa noite!
Ambos disseram rindo do sincronismo. E entrei com um ultimo beijo na testa.
Com brilhos em todo meu corpo de felicidade vou para o meu quarto, arrumo tudo na cozinha para o jantar do meu pai e vou para a varanda como sempre. Olhando as testemunhas do que aconteceu à pouco eu dou um sorriso de felicidade, a que eu tanto esperei e que estou tendo nesses momento unicos e perfeito com ele.
É, realmente pode sim existir...
[continua...]

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pode sim existir...[part. 3]



Ainda paralizada com tudo aquilo que eu tanto sonhei se realizando em minha frente que a minha única, e péssima, reação foi entrar na sala e me esconder. Aposto que Regina não estava entendendo nada, mas para falar a verdade nem eu ao certo sabia se aquilo realmente estava acontecendo...
Agora não existia na face da Terra alguém mais confusa que eu... Dúvidas, perguntas, tudo de vez na minha cabeça ao mesmo tempo...
Será que eu falo com ele?? Será que ele lembra de mim?? Por que ele voltou?? Será ele mesmo?!
De tantas e tantas perguntas a única que eu conseguiria dar a resposta, era que sim, era ele mesmo...em carne e osso. E seu perfume era mais doce do que eu lembrava, mesmo só ter sentido quando passara do meu lado por miseros segundos à minutos antes...
Meu coração ainda palpita forte, meus olhos não sabendo para onde olhar foi em direção à ele, e por surpresa dois olhares ao mesmo tempo encontraram-se e desencontraram-se em reações rápidas de vergonha...
O que foi aquilo?! Ele olhou para mim?!
Está bem, na hora do intervalo vou dar as boas vindas à ele já que eu sei que essas pessoas não são do tipo bem acolhedoras...experiência própria.
Nunca demorou tanto para terminar a aula de literatura, até os mais doces poemas lidos pela professora estavam passando por despercebidos comparados com o som das batidas do meu coração, muito ancioso pelo o que viria a acontecer.
E quando eu não aguentava mais...
PEEEM
Como imaginado meu coração pára, minhas pernas tremem, repiração nem sei mais o que seria isso...
Em segundos ajeitando as minhas coisas para sair da sala e...
- Carol?!
Num impluso sem pensar, paro e viro rápido demais... Era ele, tocando em meu ombro e falando comigo...
Ah, e sim ele lembrava de mim.
- Carlos!!! Sabia que era você!!
- Não acredito que você me reconheceu. Tanto tempo...
- Pois é... E você veio morar aqui?!
- É me mudei pra cá semana passada, e estou aqui...
- Nossa que legal!
Conversa vai...conversa vem...
E parecia que nunca tínhamos nos separado. O olhos dele continua do mesmo jeito, com o mesmo olhar...a voz com mesmo tom doce soando palavras engraçadas, e a pele dele macia como a de um recém nascido, lisa, rosada e delicada. Como se nada tivesse a favor de mim toca o sinal do reinicio das aulas, e iriamos nos separar novamente, o que me deu uma pontinha de dor por isso.
- Carol, posso sentar perto de você?!
Aquilo soou como as melhores notas tocadas em uma sinfonia em meus ouvidos...
Sem esperar minha resposta sentou-se na cadeira ao lado da minha que estava vazia...
E voltou a conversa onde tinhamos parado...
O dia passou rápido, e logo depois estavamos almoçando no pátio (JUNTOS)...
E acho que Regina percebeu alguma coisa, por que durante o dia inteiro que eu estava com ele, ela nem chegou perto...
As aulas passaram rápido novamente, só por que eu queria passar mais e mais tempo com ele...
E nos despedimos...
Chego em casa, tudo normal, vou para a varanda e quando olho o céu, lá está ela...
A lua sorrindo, agora de felicidade, e as estrelas brilhando como os meus olhos estão brilhando agora...
Nessa cena eu me desligo do mundo e agradeço por tudo estar acontecendo como eu sonhei...
Na cadeira da varanda eu olho o até dormir com aquela cena perfeita da minha vida no grande céu...
[continua...]

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Preciso



Sabe quando você tem vontade de desistir de tudo?! Quando simplismente nada na sua vida lhe dá um sentido?! Quando ninguém chega e diz uma coisa, minima que seja, boa pra você e você fica no nada?!
E que quando olha o horizonte você vê que pode estar estragando a vida de uma das pessoas que você mais ama nessa vida?!
É, estou nessa situação agora...
Em que nada ajuda, e a unica coisa que sinto, é vontade de desistir e de chorar pra sempre.
Vontade de sair sem rumo, sumir de vez de toda essa vida que contrui e que não consigo mais desfazer...
De nunca mais aparecer, de viajar, de voar simplismente em pensamentos...ou até mesmo me isolar em um lugar distante em que ninguém mais um dia poderia me achar, olhar nos meus olhos, tocar em minha pele ou até mesmo sentir o mal cheiro de minha pele seca...
Sumir, morrer talvez...acho que eu seria mais feliz.
Desistir, é claro que penso.
Lutar e ganhar, mais ainda...mas sou fraca, é impossível para mim...e não aguento mais isso!
Preciso de um abraço, um beijo na testa ou um simples pôr do Sol...

Pode sim existir...[part. 2]



Acabo de chegar da escola. Cheguei cansada das aulas de hoje, mas estou até um pouco mais conformada. Fiz amigas, perfeitas amigas, e estou me adaptando bem... Já era hora também, quase um mês, mas está dando tudo certo agora.
Amanhã tenho aula à tarde, e até que é legal que meu pai não fica na correria e eu posso ficar no cantinho que eu achei. Eu chamo de "meu esconderijo secreto". Ok, não é só MEU...mas como ninguém nunca vai lá, e é um otimo lugar para ficar sozinha pensando em tudo e só eu vou, acho que posso roubar um pouco.
Terminei o projeto de redação e jajá vou lá fora olhar a lua, como sempre faço todas as noites...


A lua hoje está crescente, com o sorrisinho de lado, discreto, como da pessoa que faz tempo que quero esquecer. Nossa, será que ainda não aprendi?! Fazem mais de 8 anos e eu não tirei ele da cabeça!! Isso não é possível!! Maldita projeção!!
Ele foi embora à um tempo atrás, mas ficou em um lugar que está grudado como um chiclete e não que sair até hoje. Por que?! É, eu sei, por que nada nem ninguém conseguiu superá-lo ou até mesmo chegar perto de um terço de sua doçura quando toca minha pele, dos carinhos, dos olhares...
PARA!!
Estou em uma vida nova, mas continua a minha vida velha...
Como eu queria que ele aparecesse, do nada mesmo, me olhasse novamente e me desse pelo menos o abraço que só senti poucas vezes e que com o passar dos tempos não me lembro mais por ter memória falha de humanos. Desde que foi embora eu sempre sonho com o dia de sua volta. Sei que você nem lembra mais nem do meu nome, muito provável até, mas fazer o que?! Eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar...
Com esse pensamento eu fico até uma hora significativa ali, olhando a lua, o sorriso e sentido a brisa fria do vento passando por meus cabelos que migravam de um lago para o outro...
Chego no colégio e um cuchicho no canto da boca da maioria das meninas da minha sala. Sento no meu lugar e pergunto a Regina:
- O que está acontecendo??
- Novato!! E é lindo!! - Ela responde.
- Ah...que empolgante.
- Para com essa cara amiga, hoje é um longo dia e começar com tédio não é legal.
- É mesmo, tens razão. Hoje tem aula até à noite, então vamos ser felizes!
Rindo vamos para o pátio esperar o sinal do inicio das aulas.
Dez minutos depois toca e vamos nos encontrar com as outras meninas, e passando pelo jardim perto dos armários, vejo um olhar familiar...
Olho novamente e...
Meu coração para, minha respiração se esconde, meus olhos de arregalam, minha voz some e eu sinto finalmente o seu perfume...
Sim, era ele...
Carlos.
[continua...]

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pode sim existir...



Acabando de ler um livro, totalmente surealista, olho para o longe e vejo a vista da minha varanda, e deparo com os raios fugindo do horizonte fazendo um barulho no silêncio da minha casa vazia esperando uma brisa que fosse para deixar aquele estado. Com o livro ainda em minhas mãos, penso se aquilo poderia mesmo existir, ou se foi só um sonho subto de alguém querendo uma história realmente para se viver...
Depois de ver em que eu realmente estava perdendo o meu tempo com aquilo, ri como se fosse uma criança, sem nenhum problema e com a vida inteira de alegria futuras e presentes. Depois entro em casa e vou fazer o jantar do meu pai em que voltará em alguns minutos do seu escritório, que não é muito longe daqui. Lembro quando mamãe estava aqui, ele sorria mais, falava mais, brincava mais e vivia mais; mas como nada nem ninguém é para sempre nos confromamos com a situação e continuamos a viver(ou tentar).
Escuto o motor parar na garagem, com certeza meu pai está nele. Escuto seus passos leves entrarem pela sala e chegar até me encortrar e dar o abraço de sempre. Sentamos para comer, falamos coisas normais e nos despedimos como sempre. 
São um pouco mais de duas e vinte da madrugada e veio novamente a história em minha mente, acho que estou sonhando muito com uma coisa que nem existe na vida real...
Durmi...
E acordei com os raios leves do sol da manhã em minha face. Vou para a varanda como sempre. Amanhã começam minhas aulas e meu pai deixou o dinheiro dos materias do colégio. Legal, colégio novo, vida nova e tédio de sempre...
O dia passa no automátido, sem muitas coisas, sem muitas palavras, mas com muitos pensamentos...
Chega o "grande" dia, do meu pai, que esta mais animado do que eu. Fazia tempo que não o via assim, então fingi gostar de tudo para ele continuar com o sorriso que à tempos não aparecia de mesma intensidade. Ele me leva até a porta do colégio novo. Certo, até que o friozinho na barriga era normal, a final eu não costumava mudar assim subtamente dos lugares...mas eu sempre consigo passar por despercebia, era meu dom.
Aulas até razoáveis, mas não gostei do porfessor de geografia que deu um de simpático e fez todos os novatos, incluindo a mim, a apresentar-se para toda a sala. Gaguegei, mas sobrevivi e ganhei outro nome para minha listinha negra.
Dia acaba, graças!!! Espero meu pai vim me buscar e fico no baquinho da portaria. O banco até bem localizado, que dá pra ver o pátio, minha sala no 1º andar e dá para sentir o cheiro das rosas que ficam no canteirinho ao lado. Pelo menos uma coisa boa hoje depois do desastre do novo colégio. Vai ser o lugar que vou ficar até o fim do ano esperando meu pai...uma coisa boa ainda acontece por mim.
Chegando em casa meu pai sai logo em seguida, a hora do almoço dele estava acabando e ele só conseguiu me pegar e trazer-me para cá. (Vou ver um jeito dele ter mais um tempo para ele, mas depois, vou deixá-lo curtir mais essa nova fase de escola nova)

Vou dormir, amanhã é um grande dia...entediante e sem mais ninguém.
[continua...]