sábado, 26 de junho de 2010

Pode sim existir...[part. 9]






Com a minha cabeça ainda nos ombros de Carlos, senti que o mundo estava com mais cor, brilho e vi que ainda uma coisa estava fora do lugar. Será que você voltou comigo por que queria?! Você não se sentiu obrigado à isso não, não é?! Tantas perguntas, algumas respostas, com o final que eu sempre sonhei. As respostas vinham com olhares que só você me dava, não sempre, mas já visto por mim algumas vezes.
O tempo passou, tudo voltava ao normal, até ter uma conversa com Regina. Ela disse-me que era o esperado, que sabia e que fui fraca. Deixando passar um pouco os dias, me vi pensando nisso toda hora e em todos os instantes. O certo agora estava tão longe, os sentimentos ficaram tão distantes que pensei no tempo que estávamos separados, as minhas promessas, a sua vida perfeita estava e está longe de compartilhar com a minha. E falei para ele, discutimos se bem dizer, mas eu sentia uma coisa ruim dentro de mim e ao mesmo tempo sabia que era boa para ele.
A noite passa, o dia seguinte passa devagar como os outros dias e chego em casa. Tomo um banho caprichado, sinto-me limpa como todas as vezes que saio de banhos como esse e vou para a sala ver um filme simples e deixar o tempo passar, como ele sempre faz.
Não vi filme, vi um jogo qualquer que estava sendo transmitido na TV.
Chorei lembrando das palavras dele, das minhas e do certo. Dormi com os olhos cheios de lágrimas de saudade do tempo que eu não sabia da vida e de tudo.
Quando eu estava no sonho escuro, escuto na vida real um toque de alerta...era a campainha. Alguém estava perturbando a minha tristeza. Lavo meu rosto rapidamente e vou atender. Era ele, como se nada tivesse acontecido, ou não. Perguntou-me se era verdade, falou-me algumas coisas e deu-me seus beijos e abraços únicos. No fim da tarde, quando ele já estava de saída eu disse-lhe que não era realmente justo, mas apesar de tudo continuamos nesse meu mundo injusto e egoísta que chama minha vida perfeita com Carlos...
[continua...]

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pode sim existir...[part. 8]



Depois de semanas vagando por cantos e cantos, eu caio de vez no chão frio do meu quarto, deixando tudo e todos distantes da minha vida. Rendo-me de tudo, desisto de tudo, olho ao redor e choro por estar sozinha por estar ainda viva, por ainda respirar. Sou levantada por braços fortes e preocupados, meu pai estava tentando me ajudar, tentando em meios de repulsas, de rejeições e gritos meus de rejeição à ajuda. Sou encostada ao sofá e começo a relembrar o meu passado feliz, os meus sonhos, você...
Lágrimas e mais lágrimas caíam como sempre, ardiam com a falta de ar que prevalecia de agora para o meu longo futuro sem você.
Agora no lugar ignorado por mim, estou largada e largando tudo. Depois que estou novamente sem pensar em nada, sinto um cheiro familiar. Mas como ultimamente eu sempre penso nele, sinto o cheiro no sonho na realidade e não diferencio... Mas você estava ao meu lado falando no meu ouvido:
- Carol, volta para a vida, não fique desse jeito, volte...
Eu vi aquela miragem e sorri como sempre, mas sabendo que era um sonho me virei e disse:
- Some da minha vida! Eu não aguento mais isso, me deixa em paz!
Com lágrimas caindo eu me vi olhando para ele e para o nada ao mesmo tempo, no sonho e na realidade ao mesmo tempo, e num minuto rápido passados sessenta segundos ele olha-me e beija-me...acordando-me desse pesadelo.
As lágrimas ainda saiam sem permissão, mas dessa vez estava com um sentimento de alivio com a vida renascendo dentro de mim.
Após a volta da minha vida fico olhando para a lua e encosto-me sobre o ombro dele...tudo voltou ao normal, mas não vou me mexer até minha respiração voltar também...
[continua...]

domingo, 20 de junho de 2010

Pesadelos e sonhos






Olhando para o horizonte vejo um ponto brilhante, ando para chegar próximo e sinto-me em um sonho, um sonho em que à tempos não contemplava. Nossa, não sei o que seria de mim sem esse brilho...depois do acontecido, sinto-me presa nesse terrível pesadelo eterno, do vazio no peito,d a falta de respiração, do queimor na garganta...
Desde que você disse-me as palavras esperadas por mim desde o começo, encontro-me nesse pesadelo, o que nunca irei acordar, nem sair(por opção minha)...
Depois de horas ou anos(não sei ao certo) após do acontecido, estou aqui andando para o brilho. Finalmente estou andando.


Olho para o meu lado esquerdo agora e vejo um brilho, segurando-me e locomovendo-me até a luz maior. Sinto que já conheço esse brilho, sinto já tê-lo sentido, sinto já saber de quem se trata, mas não sei...
Chegando no centro vejo todos os meus amigos...sim, isso é um sonho!! Um sonho no meio do meu pesadelo, mas feito por mim mesma. Conversando vi que só comecei a sonhar quando meus amigos(as luzes me carregando), levaram-me para o sonho, que se não fosse por eles e o apoio deles, acho que nunca teria conseguido, acho que não estaria sonhando e provavelmente não estaria pensando.


Os meus amigos, mesmo eu não querendo, sempre me fazem sonhar, mesmo eu estando nesse pesadelo. Sei que nunca posso acordar, que nunca poderei reverter esse pesadelo, que nunca possa ser revertido para sonho...mas que o tempo me ajude, ajude-me a pelo menos entrar em um sonho, ou ter o poder novamente de criar ou viver um...


Você irá sonhar...só deixe o tempo lhe ajudar, por que demorando ou não, ele sempre ajuda. Se não o deixar te ajudar, eu te ajudo, tenha certeza disso!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Senti você novamente



Sonhei com você novamente essa noite, mas dessa vez foi diferente...
Era como se tudo tivesse voltado ao nomal. Eu senti seu cheiro novamente, o seu toque voltei a sentir e seu beijo voltei a desfrutar. E estávamos abaixo da lua solitária, a lua amiga, a lua só. Senti-me como se nada pudesse me entristecer novamente, afinal, eu estava com você. Mas acabou rápido, quase não aproveitei você, fui acordada pelo relógio maldito da cabeceira.
Mas ainda fiquei olhando o nada, com a saudade que me consome por dentro como se eu fosse explodir e pensei...pensei...
Tudo foi tão intenso, tão rápido, tão bom...
É, comigo sempre acontece as coisas de uma vez só, mas pela primeira vez nada mais está acontecendo...
Afinal...não tem mais nada de ruim para acontecer comigo (nem boa também).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vela...



Olho agora pela fresta da porta da frente e vejo um raiozinho da luz do crepúsculo, o mesmo crepúsculo em que um dia serviu de iluminação para as nossas cenas. A luz falha iluminava um ponto específico do sofá, fazendo-me lembrar de várias coisas ao mesmo tempo. Toda minha vida passou em um filme em minha cabeça...todas as coisas boas, ruins, besteiras que eu fiz, engraçadas e estúpidas. E por um momento ri de mim mesma, voltei a infância, onde nada tinha acontecido, nada me feria e eu estava feliz. Eu estava com as pessoas que eu amo e tudo parecia sorrir. Lembrei da minha prima, da minha tia, do meu tio, dos meus primos que agora estão bem longe de mim, e vi que minha vida havia se perdido com o tempo...à mais de 4 anos que não dou uma rizada sincera, que não dou um abraço realmente apertado em pessoas que em toda minha vida eu convivi e que agora estão longe de mim.
Lembrei também o motivo de estar pensando no passado, no que me faz sentir essa tristeza e que me faz chorar até rindo.
Quando isso realmente vai passar?!
Não tenho essa resposta.
Isso vai passar?!
Dizem que sim...
O que eu sinto?!
Nada de mais, só uma dor que seca todo seu interior...
Mas é o que dizem...vai passar. (Vai mesmo?!)


Olhando a vela, vejo que temos algo em comum, ambas sobervivem de suas lágrimas e que no final a vida termina na escuridão.

domingo, 6 de junho de 2010

É, se vc realmente cantou aquela música para mim, eu estava muito cega do que acontecia ao meu redor... Como eu não soube que tudo era mentira?! Que tudo NUNCA existiu?! Que fui enganada, e usada por você...
Só sei que minhas lágrimas voltaram com a música.
E o pior de tudo, não consigo evaporar...


Evaporar_Fresno
Eu já falei que não se deve esperar
Que a vida lhe dê tudo o que você precisar
Eu já tentei fazer você acreditar
Melhor a fazer é tentar parar de pensar
No quanto é ruim não ter chance de se livrar
Lembranças de mim sem ninguém pra te ajudar

E você sempre quis

Quis até demais
Ter alguém que não te quer
E tentou ser feliz
Tentou ser capaz
Me achar aonde eu estiver
E eu não estava lá

Saiba que o destino não é algo que você possa controlar

Entenda que eu não vou voltar atrás
Eu não vou pensar
Eu não vou mudar
Eu não vou te amar

Você já pensou em tentar por mais uma vez

Achar outro alguém
Que lhe queira também

Não é todo rio

Que tem um mar pra se encontrar
Dá pra evaporar
E encontrá-lo através do ar

E você sempre quis

Quis até demais
Ter alguém que não te quer

E tentou ser feliz

Tentou ser capaz
Me achar aonde eu estiver

Você já pensou em tentar por mais uma vez

Achar outro alguém
Que lhe queira também

Não é todo rio

Que tem um mar pra se encontrar
Dá pra evaporar
E encontrá-lo através do ar

Deixando passar...



Vejo minha vida normalizar aos poucos...não é dificil acortumar-se com uma coisa, mesmo que essa coisa seja a pior do mundo.
A respiração fraca, a dor nos olhos, o vazio no peito...isso ai se acostuma, se convive, se supera. No meu caso consegui ficar encostada na parede, tentando respirar e tentando reviver, não consegui, mas sou fraca mesmo. Sobreviver a dor é dificil, mas o mais dificil é senti-la e não poder fazer nada para voltar à não sentir...
Mas não me arrependo de nada, não me arrependo de ter sentido a melhor coisa que alguém possa sentir, por que pelo menos senti...e no final sinto saudade, a saudade que seca as lágrimas quando lhe faz lembrar de tudo, que seca tudo que você sente e depois trasborda novamente...pela saudade.
No final de tudo é bom sentir essa dor, é bom estar aqui, é saber que isso existiu mesmo e que é eterno em mim.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Crying in the rain



Sinto-me tão frágil ultimamente...
Sinto como se nada mais importasse e que todos ao meu redor tentam me curar de uma coisa incurável...
Eu parei para pensar agora à tarde e vi que o que eu sinto pode nunca acabar, pode nunca sumir, mas vi também que é fácil viver com isso. A dor é uma coisa normal, pelo menos para mim. Sempre senti dores em cortes, queda depois de desequilíbrios, traições e até em uma simples caimbra. Mas sabe, essa é bem mais forte e que só tem em comum a dor entre as outras, mas a intensidade é infinitamente maior.
Pensando nisso passei a tarde vagando por entre os pingos da chuva fria. A chuva era tão consciente, que em um momento estava chorando comigo, juntando as suas lágrimas frias em as minhas quentes em uma só poça.
Cheguei em casa e quase matei minha mãe do coração, em meu estado molhada e totalmente desvairada da vida, por um momento estava chorando por outra pessoa que estava na minha frente, ela não merece isso, eu não devo fazer outras pessoas, a não ser eu, sofrer por isso.
Mas tudo passa tão rápido ao meu redor que já me vi no banho chorando novamente, lamentando por ainda estar aqui, nesse céu sozinha, com muitas estrelas ao meu redor brilhando e tentando dar-me o brilho que eu recuso em mostrar novamente.
Morro nessa lua nova, nessa escuridão, nessa lua que sempre contemplam a esperança do amanhã estar cheia, mas que em meu caso, ficará assim para sempre...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pode sim existir...[part. 7]



Depois de dois dias sem nem olhar para o céu, ele olhou para mim. E como antes a lua estava lá, mas foi ela quem começou a conversa.
Ela disse que não era fácil e que na verdade ela sabia exatamente como era. Falou que à um tempo atrás, tinha um grande amor, como o meu, e que eles eram eternamente amantes. Mas em um dia, ele resolveu agradá-la tentando à fazer mais feliz do que no momento, e que foi embora e nunca mais puderam-se ver mais. Foi pegar uma simples rosa no mundo real, mas nunca mais pode voltar para o céu estrelado em que formavam cada um em um só.
Enquanto ela contava aquela história, não pude controlar minhas lágrimas.
Ele só quiz vê-la feliz e terminou estragando tudo. Mas temos que ver o lado dele também, afinal, e se ele realmente queria nunca mais vê-la?! E se ele realmente achava que seria melhor longe dela?!
Mas no final, foi pior, ela disse que toda noite ele olhava para ela, mesmo ela escondida e deixava cair uma lágrima de saudade dos tempos que eles eram eternamente apaixonados e juntos, mesmo quando separados.


Não sei bem, mas a lua tentou me ajudar. Os olhos das estrelas brilhavam relembrando da história deles, ora saíam lágrimas em formas de chuviscos e ora acalmavam-se olhando ele se lamentar de um dia ter decido sair...
- Mas lua!! - Eu disse - Foi melhor assim!! Ele pode ter pensado e visto que pelo menos tentando uma coisa, arriscando tudo, ele quiz lhe ver feliz...Mas infelizmente ele errou. E todos podem errar, mesmo os amantes da lua.
Antes de'u entrar e dormir, ela revelou o nome dele, para que se um dia eu o encontrasse, dissesse à ele que ela ainda o vê quando ele à olha nas noites... Wolverine é o nome dele.

Acordei depois desse sonho, confusa como sempre. Mas é assim mesmo, Wolverine pode ser feliz ainda aqui, mas a lua continuará solitária no céu.
[não sei se continua...]

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pode sim existir...[part. 6]



Finalmente outos e outros dias se passaram como aqueles, perfeito para nós dois.
E hoje ele vem aqui na minha casa conhecer meu pai, isso está sendo muito desconfortável para mim, mas ele incistiu.
Foi bem normal, ou pelo menos foi o que deu para perceber...
Enquanto eu fui preparar alguma coisinha para eles, eles conversaram e até se deram bem. Quando eu voltei, conversamos um pouco e meu pai foi para o escritório para nos dar uns minutos à sós...
E ficamos no lugar que eu todas as noites antes de dormir fico, conversando com a Lua e por ventura pensando nele. Por um instante eu pensei realmente que sou a pessoa mais feliz do mundo, a mais realizada, a mais amada e a mais apaixonada. Conversamos algumas besteiras e em um intervalo de cada, davamos o nosso beijo, nossos abraços e voltávamos a ver o horizonte.

Passam-se meses e estávamos em férias escolares. tudo estava indo às mil maravilhas como sempre.
Em uma tarde longa em que eu estaria sozinha até tarde da noite, por meu pai naquela noite ter pantão, fui surpreendida por Carlos. Ele estava tão lindo e com seu ar de doçura de sempre. A gente ficou na varanda e depois entramos para a sala. Ficamos vendo filme e como se o mundo fosse acabar ele me beijo, deixando-me sentir algo mais, uma coisa nova entre nossos beijos, e foi aumentando... Parecia que tudo iria acabar, que nunca mais iriamos nos ver, mas era a melhor coisa que já senti na minha vida.
E como uma facada no meu coração ele diz que nada mais iria continuar, que não era mais suficiente para mim, que teriamos que acabar.
Passei da alegria eterna ao sentimento de dor que me abraçou e que nunca mais sairia. Fiquei parada, estátua, não conseguia assimilar nada, só sentia o seu cheiro perto de mim. Lágrimas saíam queimando minha face, saíam sem permição, saíam deixando espaço para a dor que ficou em mim.
Por mais que você dissesse que nunca iria me deixar, que estaria sempre comigo e por mais que você estivesse mesmo, eu não te teria mais. Não sabia bem o que eu estava sentindo, mas sabia que seria pior quando ele fosse embora.
E quando as lágrimas ainda saiam do meu rosto ele disse:
- Eu te amo
Deu um beijo na minha testa e foi embora, deixando-me só com algumas companias, a tristeza, as lágrimas e o nada interior.
Entrei na minha casa ainda sem entender...
Por que você se importa tanto comigo?! Não importo de não ser ajudada por você em qualquer instante, a única coisa que eu queria era ao menos os beijos e abraços, o seu olhar para mim. Mas não posso ser egoísta ao ponto de te ter novamente, de estragar sua vida novamente...tenho que aceitar os fatos.
Dormi cedo naquela noite, não conversei com a lua, e não vi mais ninguém, só você em meus pensamentos e sonhos, mas vou te esquecer Carlos, você quer assim, eu te esqueço...ou morro tentando.
[não sei se continua...]