domingo, 15 de julho de 2012
Rosas de papel
Tudo começou com um olhar longe ao longo do horizonte...
O coração não sabia o que pensar, ou falar, muito menos parar de bater.
Por mais que os olhos não sabiam o que encontrar, sempre acabavam se encontrando e hipnotizando.
Tempos se passaram, empecilhos começaram, e os olhares cessaram.
E a amizade surgiu, no momento mais imprevisível, ela surgiu.
E quanto mais a amizade aumentava, mais o coração lembrava do que antes ele foi obrigado a esquecer...e ele sorria a cada dia, a cada abraço, a cada beijo, a cada palavra escutada.
Mas aquele empecilho, é permanente, está no no sangue, e não ao redor, o que condenou tudo.
Mas o pobre coração, tolo coitado, ainda continuou a bater mais e mais, como se não houvesse amanhã, mas o amanhã existia.
Fatos ocorreram, corações falsos bateram escondidos. Pararam de bater.
Trazendo oportunidades, falsas que sejam, de bater ainda com minhas batidas...
E iludido, o coração entrou no lago...lago mais espelhado e lindo.
O coração bateu só...
Iludido e só...
Mas aquele lago o encantava tanto que ele ainda continuou a bater, a cada segundo mais intenso.
E quando viu, já estava incontrolável.
Quando o coração não para só de pensar que o veria novamente, eis que surge rosas...
Rosas frágeis, porém perfumadas...E presenteadas.
O vento passa, a chuva para, o olhar se encontra e outra rosa surge, agora o coração bate mais e mais forte, a ponto de querer voar com o vento de felicidade e...
as rosas,
as de papel,
se vão...
para outro coração,
fazendo com que lágrimas invisíveis caíssem a ponto de molhar até os mais secos olhares levando à escuridão.
Eis que os abraços, que antes acalmavam, chegam a machucar...
A cortar, ferir e fazer chorar...
Recuso olhar agora para ti.
Recuso me refugiar nos teus braços.
Recuso desejar tua boca junto com teus beijos...
Recuso bater ainda por você.
Recuso te amar, nem que pra isso tenha que nunca mais te olhar.
Recuso te esquecer...mas recuso me recusar!
Agora, voo com o vento, ainda sentindo o cheiro da rosa de papel.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário