sábado, 29 de maio de 2010
Pode sim existir...[part. 5]
Abrindo os meus olhos hoje senti uma coisa tão boa em meu corpo...
Senti como se tudo na minha vida agora fizesse sentido. Tudo ao meu redor estava brilhando, tudo com um ar macio, cheiroso e doce...
Tudo que eu mais quis e sonhei estava acontecendo. Eu estava com Carlos e na minha vida está finalmente dando tudo certo.
Indo para o banho ainda sem acreditar que iria o ver, sentir seu perfume, e abraçá-lo novamente, dava-me ainda mais forças para viver.
Saindo de casa ainda com um ar risonho em minha face, pego o ônibus e chego no colégio.
Com um friozinho na barriga esperando ele chegar acabo deitando a cabeça sobre meus braços crusados na banca e fico pensando em ontem. Os toques, os olhares, os beijos...tudo mais perfeito não poderia ter acontecido. E sinto que meu coração estava conversando comigo, dizendo o que eu realmente sentia em só relembrar do que tinha contecido na noite passada. Ali conversando com eu coração sinto uma respiração em meu ouvido direito...
- Acorda!
Uma voz doce fala manço, pensando que eu realmente estava dormindo. Eu com um sorriso exagerado levantando devagar o rosto, fico olhando-o em seu mais perfeito estado, e com seu mais lindo sorriso. Adoro aquele sorriso de doçura. Ele tinha vários sorrisos, o de agora; quando ficava confuso; o da mentira, que saia um sorrizinho de lado; e o das fotos que era o sorriso fatal. Quando eu finalmente estava em uma posição normal ele veio lentamente e deu-me um beijo macio e doce de bom dia.
Olhamos-nos em um olhar de carinho, e demos um sorriso que sempre saia depois desses olhares.
- Bom dia! - Eu disse interrompendo o clima desconfortável da vergonha. - Dormiu bem?
- Dormi com os anjos e vi você em meus sonhos. - Ele falou tão naturalmente que nem percebi que minha respiração tinha sumido novamente.
Dou um sorriso frouxo de vergonha e continuamos os olhando até o toque da primeira aula dar sinal de vida.
E como sempre ele senta ao meu lado na sala. Falamos algumas besteiras, rimos, fizemos o que normalmente faziamos.
A hora do intervalo foi diferente.
- Carlos, tenho que te mostrar um lugar. - Falei com segundas intenções.-
- Certo! Concordou dando-me total confiança.
Levo-o ao "meu cantinho". E ele estava mais bonito que nunca, com as flores mais vivas banhada pelos raios de sol mais leves, os passarinhos que eu nunca os tinha vistos lá estava cantando uma doce melodia. E quando vou chegando perto do banquinho onde iriamos nos sentar sou surpreendida por um beijo em minha mão, um olhar penetrante no meu e uma mão em minha nuca, a que sempre me paralizava em seus braços. Antes de me beijar ele foi chegando perto, com o olhar ainda nos meus, eu sentia sua respiração em meu rosto cada vez mais perto e finalmente me diz com os seus olhos ainda firmes:
- Eu te amo...
Logo após, dá-me o mais perfeito beijo, o beijo em total sincronia com os carinhos e abraços entre nós...
Tudo ao redor não importava mais, a unica coisa que importava era nós dois e o circulo que nos aproximava ainda mais...
Quando acabamos aquele beijo nos sentamos no banquinho e eu coloco minha cabeça em seu ombro. Nós dois olhamos por alguns minutos o jardim do telhado e nos abraçamos como se um não existisse sem o outro, como se nada no mundo mais houvesse, e nos beijamos como se o mundo fosse acabar depois daquilo. Foi perfeito, mas como nada dura para sempre, o sinal do fim do intervalo toca e voltamos para a sala.
O tempo passou rápido depois do intervalo, mas hoje não teria aula no turno da tarde e só nos veríamos no outro dia...
Largamos e fomos indo para casa, no meio do caminho dos dois, o local que iriamos dos despedir de vez, damos o ultimo beijo e um abraço apertado.
Vou indo para casa, chego um pouco depois do horário normal, e ligo a TV... Esquento meu almoço vendo o noticiário e depois tomo meu banho. O dia passa sem muito o que descrever, só à noite que eu realmente me senti em casa, por que eu vi a lua, conversei com ela como sempre e fui dormir para que o outro dia chegasse mais rápido...
[continua...]
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