quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pode sim existir...[part. 6]



Finalmente outos e outros dias se passaram como aqueles, perfeito para nós dois.
E hoje ele vem aqui na minha casa conhecer meu pai, isso está sendo muito desconfortável para mim, mas ele incistiu.
Foi bem normal, ou pelo menos foi o que deu para perceber...
Enquanto eu fui preparar alguma coisinha para eles, eles conversaram e até se deram bem. Quando eu voltei, conversamos um pouco e meu pai foi para o escritório para nos dar uns minutos à sós...
E ficamos no lugar que eu todas as noites antes de dormir fico, conversando com a Lua e por ventura pensando nele. Por um instante eu pensei realmente que sou a pessoa mais feliz do mundo, a mais realizada, a mais amada e a mais apaixonada. Conversamos algumas besteiras e em um intervalo de cada, davamos o nosso beijo, nossos abraços e voltávamos a ver o horizonte.

Passam-se meses e estávamos em férias escolares. tudo estava indo às mil maravilhas como sempre.
Em uma tarde longa em que eu estaria sozinha até tarde da noite, por meu pai naquela noite ter pantão, fui surpreendida por Carlos. Ele estava tão lindo e com seu ar de doçura de sempre. A gente ficou na varanda e depois entramos para a sala. Ficamos vendo filme e como se o mundo fosse acabar ele me beijo, deixando-me sentir algo mais, uma coisa nova entre nossos beijos, e foi aumentando... Parecia que tudo iria acabar, que nunca mais iriamos nos ver, mas era a melhor coisa que já senti na minha vida.
E como uma facada no meu coração ele diz que nada mais iria continuar, que não era mais suficiente para mim, que teriamos que acabar.
Passei da alegria eterna ao sentimento de dor que me abraçou e que nunca mais sairia. Fiquei parada, estátua, não conseguia assimilar nada, só sentia o seu cheiro perto de mim. Lágrimas saíam queimando minha face, saíam sem permição, saíam deixando espaço para a dor que ficou em mim.
Por mais que você dissesse que nunca iria me deixar, que estaria sempre comigo e por mais que você estivesse mesmo, eu não te teria mais. Não sabia bem o que eu estava sentindo, mas sabia que seria pior quando ele fosse embora.
E quando as lágrimas ainda saiam do meu rosto ele disse:
- Eu te amo
Deu um beijo na minha testa e foi embora, deixando-me só com algumas companias, a tristeza, as lágrimas e o nada interior.
Entrei na minha casa ainda sem entender...
Por que você se importa tanto comigo?! Não importo de não ser ajudada por você em qualquer instante, a única coisa que eu queria era ao menos os beijos e abraços, o seu olhar para mim. Mas não posso ser egoísta ao ponto de te ter novamente, de estragar sua vida novamente...tenho que aceitar os fatos.
Dormi cedo naquela noite, não conversei com a lua, e não vi mais ninguém, só você em meus pensamentos e sonhos, mas vou te esquecer Carlos, você quer assim, eu te esqueço...ou morro tentando.
[não sei se continua...]

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